não as drogas no drugs

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quinta-feira, 26 de abril de 2018




Como as drogas atuam no sistema nervoso central do viciado?
                                                     7º Parte


Cocaína 

É uma das drogas de maior sustento para o tráfico ilícito, em virtude do grande número de consumidores e da avidez com que estes buscam a droga. O cloreto de cocaína é um pó branco ("farinha"), usado por aspiração nasal. 

Ele também pode ser diluído em água e injetado na veia. Quando a cocaína é tratada por reativos alcalinos ela se empedra produzindo o crack, que é fumado. A cocaína possui um elevado poder de dependência porque disponibiliza diretamente a dopamina na fenda sinática por impedir o retorno desse neurotransmissor à sua célula de origem. Após o neurotransmissor ter cumprido a sua missão junto ao receptor do neurônio pós-sinático e, impedido de retornar à sua célula mãe, ele fica na fenda repetindo a neurotransmissão, dando ao usuário o efeito imediato da droga. Nós dizemos que a cocaína impede a recaptação da dopamina.

A recaptação é um mecanismo extremamente importante para o funcionamento equilibrado do SNC, porque o neurotransmissor tem que ser reciclado a cada uso para reagir eficientemente a novas exigências.

Para agravar mais ainda os malefícios produzidos pela cocaína, esta droga ainda impede, da mesma forma, as recaptações de mais outros dois neurotransmissores: a noradrenalina e a serotonina.
Em virtude dessa ação farmacológica a cocaína produz as sensações psicológicas de magnificência, euforia, prazer e excitação sexual.

Quando usada de forma intermitente e em doses altas, como por exemplo, em noitadas de "agito" ela pode sensibilizar os neurônios, ocasionando irritabilidade com agressividade, inquietação e paranóia. A engrenagem da dependência, no uso continuado de cocaina, estabelece-se com a desativação de um número de receptores pós-sináticos da dopamina, estendendo-se a outros receptores, como os da noradrenalina e serotonina.

Essa adaptação traz sérias conseqüências para o funcionamento cerebral, como o surgimento de estados paranoicos que podem atingir níveis psicóticos bem como depressões graves que podem levar ao suicídio.
A ação da cocaina sobre vários neurotransmissores pode gerar conseqüências simultâneas em vários sistemas orgânicos, entre as quais destacamos a mais comum, a falta de apetite, e a mais grave, o derrame cerebral, ao lado de respiração ofegante, aumento da pressão e até aumento da temperatura.

                                                                           CONTINUA

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