A VELHA CRUZ
DE CRISTO
Porque eu já lhes disse antes muitas
vezes, e agora o digo com lágrimas nos olhos: há muitos que vivem como inimigo
da cruz de Cristo.
Filipenses 3: 18
Sem fazer-se anunciar e quase despercebida uma
nova cruz introduziu-se nos círculos evangélicos dos tempos
modernos. Ela se parece com a velha cruz, mas é diferente;
as semelhanças são superficiais; as diferenças, fundamentais.
Uma nova filosofia brotou desta nova cruz com respeito à
vida cristã, e dessa nova filosofia surgiu uma
nova técnica evangélica — um novo tipo de reunião
e uma nova espécie de pregação. Este novo evangelismo emprega a
mesma linguagem que o velho, mas o seu conteúdo não é o mesmo e sua
ênfase difere da anterior. A velha cruz de Cristo não faz
aliança com o pecado, pois não há pareceria entre a Luz e a escuridão.
A nova cruz aparenta santidade, um anjo de luz falando pela boca do
diabo, mas condena o homem para destruição eterna, pois desvirtua a verdade,
confunde, cria novas doutrinas com o fundo falso e mentiroso, doutrinas
destruidoras que manipulam a verdades bíblicas com interpretações mal
intencionadas que aparentam o caminho que levam a salvação. A nova cruz em
muitas igrejas nem oferecem a salvação eterna e sim prosperidade material e
facilitam uma conduta que não levam em consideração O Mandamento Divino. Mas o
empenho para alcançar as coisas deste mundo.
Aos poucos a Nova Cruz de Cristo idealizada por Teólogos mundanos e por
aproveitadores da fé alheia vem tentando suprimir o Evangelho de Cristo mudando
paulatinamente a Palavra. Mostrando um profundo desrespeito ao Criador de Todas
as Coisas, o Senhor do Universo. Colocam Cristo em uma nova cruz, onde não há
santidade, nem sacrifício pessoal, pois todos podem fazer o que querem. Cultos
falsos, louvor falso, igreja de teatro e shows, musicas profanas que não servem
para agradar nem agradecer Deus, verdadeiras casas para arrecadar dinheiro e
enriquecer falsos lideres, bispos, apóstolos e pastores e empobrecer a
espiritualidade dos fiéis e encaminhá-los a destruição. Você vive no seu
livre-arbítrio, a escolha é sua e o poder de Deus não interfere a menos que você
queira. Mas você não é senhor da sua vida e no Dia do Juízo você irá responder
por ela. A vida é um dom gratuito de Deus e ela pertence a Ele.
A amizade com o mundo, os desejo e prazeres estão dentro da igreja de
uma forma sutil e até aparentemente dentro de um plano moral elevado onde não
se conta o amor ao próximo e sim o egoísmo, ganância, idolatria ao dinheiro
e aos bens materiais passageiros
diferente da velha cruz de onde havia humanitarismo entre os fiéis da Igreja
primitiva. E o melhor a fé e a adoração verdadeira com amor ao próximo.
A nova cruz de Cristo não exige transformação ou a renúncia da velha
personalidade antes de receber a “nova”. Em certos aspectos ser cristão é
modismo ou ser evangélico: Jesus Cristo já fez tudo por mim, eu não preciso
fazer mais nada. E vive uma vida cheia de pecados, de condutas dominadas pela
malignidade do mundo. Mas usam uma Bíblia em baixo do braço ou dentro de uma
bolsa que nunca leram por completo. Verdadeiros agentes secretos de Cristo, só
Cristo sabe que ele é cristão. O joio e o trigo da parábola de Jesus Cristo.
Essa nova cruz ou evangelho não prega contrastes, mas semelhanças.
Procura ganhar o interesse do público, mostrando que o cristianismo não
faz exigências desagradáveis; mas, pelo contrário, oferece a
mesma coisa que o mundo, somente num plano superior. O que o mundo
pecador esteja idolatrando no momento é mostrado como sendo
exatamente aquilo que o evangelho oferece, sendo que o produto
religioso é melhor.
A nova cruz não mata o pecador, mas dá-lhe nova direção.
Ela o faz engrenar num modo de vida mais limpo e agradável,
resguardando o seu respeito próprio. Para o arrogante ela diz: “Venha e
mostre-se arrogante a favor de Cristo”; e declara ao egoísta:
“Venha e vanglorie-se no Senhor”. Para o que busca
emoções, chama: “Venha e goze da emoção da
fraternidade cristã”. A mensagem de Cristo é
manipulada na direção da moda corrente a fim de torná-la
aceitável ao público.
A filosofia por trás disto pode ser sincera, mas sua
sinceridade não impede que seja falsa. É falsa por ser cega,
interpretando erradamente todo o significado da cruz.
A velha cruz é um símbolo da morte. Ela representa o
fim repentino e violento de um ser humano. O homem,
na época romana, que tomou a sua cruz e seguiu pela
estrada já se despedira de seus amigos. Ele não mais
voltaria. Estava indo para o seu fim. A cruz não fazia
acordos, não modificava nem poupava nada; ela
acabava completamente com o homem de uma vez por todas. Não
tentava manter bons termos com sua vítima. Golpeava-a cruel e
duramente e quando terminava seu trabalho o homem já
não existia.
A raça de Adão está sob sentença de morte. Não existe
comutação de pena nem fuga. Deus não pode aprovar qualquer dos
frutos do pecado, por mais inocentes ou belos que pareçam aos olhos
humanos. Deus resgata o indivíduo, liquidando-o e depois o
ressuscitando em novidade de vida.
O evangelismo que traça paralelos amigáveis entre os caminhos de
Deus e os do homem são falsos em relação à Bíblia e cruel para a
alma de seus ouvintes. A fé manifestada por Cristo não tem
paralelo com o mundo, mas se cruza com o mundo. Ao nos aproximarmos
de Cristo não elevamos nossa vida a um plano mais alto; mas a
deixamos na cruz. A semente de trigo deve cair no solo
e morrer.
Nós, os que pregamos o evangelho, não devemos julgar-nos agentes de
relações públicas enviadas para estabelecer boa vontade entre Cristo e o
mundo. Não devemos imaginar que fomos comissionados para tornar Cristo
aceitável aos homens de grandes negócios, à imprensa, ao
mundo dos esportes ou à educação moderna. Não somos diplomatas mas
profetas, e nossa mensagem não é
um acordo mas um ultimato.
Deus oferece vida, embora não se trate
de um aperfeiçoamento da velha vida. A vida por Ele
oferecida é um resultado da morte. Ela permanece sempre
do outro lado da cruz. Quem quiser possuí-la deve passar
pelo castigo. É preciso que repudie a si mesmo e concorde com a
justa sentença de Deus contra ele.
O que isto significa para o indivíduo, o homem condenado que
quer encontrar vida em Cristo Jesus? Como esta teologia pode ser
traduzida em termos de vida? É muito simples, ele
deve arrepender-se e crer. Deve abandonar seus pecados e
depois renunciar-se a si mesmo. Ele não deve encobrir nada,
defender nada, nem desculpar de nada. Não deve procurar fazer acordos com
Deus, mas inclinar a cabeça diante do golpe do
desagrado severo de Deus e reconhecer que
merece a morte.
Feito isto, ele deve contemplar com sincera confiança o Salvador
ressurreto e receber dele vida, novo nascimento, purificação e poder. A cruz
que terminou a vida terrena de Jesus põe agora um fim
no pecador; e o poder que levantou Cristo dentre os mortos agora o levanta
para uma nova vida com Cristo.
Para quem quer que deseje fazer objeções a este conceito ou considerá-lo
apenas como um aspecto estreito e particular da verdade, quero
afirmar que Deus colocou o seu selo de aprovação sobre esta mensagem
desde os dias de Paulo até hoje. Quer declarado ou não nessas exatas
palavras, este foi o conteúdo de toda a pregação que trouxe
vida e poder ao mundo através dos séculos, Os reformadores, os
evangelistas de avivamento, colocaram aqui a sua ênfase, e
sinais, prodígios e poderosas operações do Espírito Santo deram
testemunho da aprovação divina.
Ousaremos nós, os herdeiros de tal legado de poder, manipular
a verdade? Ousaremos nós com nossos lápis grossos apagar as linhas do desenho
ou alterar o padrão que nos foi mostrado no Monte?
Que Deus não permita! Vamos pregar a velha cruz e
conheceremos o poder de Jesus Cristo e do Deus eterno que nunca envelhece
e nunca fica ultrapassado..
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