HAPINESS

Discriminação ao doente. 

Ontem na minha visita ao presidio aqui na cidade de São Paulo, conheci um cidadão preso já a uma semana, sem conhecimento de sua família e passa por desaparecido.

Provavelmente a família não encontraria, porque ninguém procura desaparecidos em presídios, nem mesmo delegacia dão esta informação, pelo que eu sei.

Alan já tem por volta de quarenta e seis anos, é viciado em álcool e maconha, tem um raciocínio fraco e o corpo debilitado, mas tentou fazer um assalto a uma residência e foi pego em flagrante, antes da consumação do roubo. Provavelmente fique pouco tempo preso, talvez não, pois já é a quarta vez que é detido roubando para comprar drogas.

Nas outras vezes tinha a mãe que o socorria, mas a mãe faleceu. Seu irmão, o único que tem, não dá mais atenção ao irmão, nem o ajuda de forma nenhuma. Alan é um dependente químico destinado a ficar preso por tempo indefinido na cadeia sem interesse de ninguém, isso acontece muito no Brasil e ou sujeito a morte violenta nas ruas.

Alan é mais um exemplo que o vício nas drogas faz aos seres humanos e tenho certeza que nenhum narcotraficante passa por estas dificuldades que o viciado passa.

Eu vou tentar convencer os parentes de Alan, dar mais uma chance para ele. Quem sabe. Eu creio eu Deus, no Senhor Jesus e tenho esperança e um pouco de fé na bondade humana.

 Francisco Gouveia