não as drogas no drugs

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sexta-feira, 24 de novembro de 2017





MAIS UMA VITIMA
DO SISTEMA



Esta semana na minha visita ao presídio, eu conheci um jovem que estava triste sentado sobre as pernas, separado dos outros presos no pátio do bloco de celas.
Fui conversar com ele, e perguntei-lhe da tristeza que havia nele. Ele me disse que havia sido solto a duas semanas mas tinha voltado novamente por tentativa de roubo. Não aguentou o desejo de usar drogas e tentou roubar para compra-las.
Ele é viciado em crack, está magro, quase esquelético, tem espasmos, dores no corpo em quase todos os membros e terríveis dor de cabeça.
Ele agora é um doente crônico por uso de droga, preso sem tratamento ele e mais algumas centenas ou até milhares. Cumprem pena mas, voltam rapidamente quando soltos e cada vez mais perigosos para sociedade.
Não existe um plano real de tratamento de drogados, o país está investindo para criar uma nação de zumbis. A doença crônica da corrupção que o pais sofre tem sequelas terríveis, talvez sem cura.
Aqui o narcotráfico encaminha o indivíduo para a morte e o governo cava a sepultura. Não existe um programa de verdade de orientação sobre as drogas, isto não atrai votos para os políticos, que praticam somente politicagem e ladroagem.
Melhor seria se o indivíduo nunca entrasse para o vício, mas infelizmente não é assim, muitos fatores sociais e psicológicos influenciam buscar satisfação onde não existe. Muitos se tornam viciados para adaptar ao meio dos grupos ou amizades que tem, outros se viciam para escapar de problemas ou sofrimentos ou pra relaxar deles.
Outros se viciam para escapar da mesmice ou aliviar o tédio, adolescente entram no vício para parecerem adultos viciando-se em cigarros e bebidas alcóolicas que é meio caminho para drogas mais pesadas. Outros se viciam para rebelar-se contra a família ou contra a sociedade. Ou ainda que experimentam drogas por curiosidade e depois não conseguem escapar do vício.
O rapaz em questão do começo do texto, fiquei sabendo agora no fim de semana que ficou preso apenas três dias, provavelmente quando eu voltar novamente a visitar o presídio, ele estará lá. Separado e triste novamente.
Ele não é mais um viciado e sim um doente debilitado e fraco uma vítima do narcotráfico e dos governantes.

Francisco Gouveia

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