A ARMADILHA
SATÂNICA
Neusa uma evangélica
fiel e comprometida com o Evangelho de Cristo, casada dois filhos menores e um
irmão biológico morando com ela.
Esse seu irmão com 23
anos, problemático, ávido ao ócio e tornou-se viciado em drogas. Já havia cumprido
pena carcerária por uso e tráfico de drogas. Saiu depois de ter cumprido a
primeira pena. Aparentemente acalmou-se do vício e da vida de criminalidade.
Mas não foi por muito
tempo, porque voltou ao vício e ao tráfico de drogas para pagar o que consumia.
Viciado em maconha e cocaína e depois começou a carreira de assaltos a mão
armada. Por fim foi pego em flagrante delito, passou por audiência de custódia
e foi para o sistema carcerário à espera de julgamento, aqui no Brasil às vezes
demora mais de um ano. Muitos réus ficam esquecidos, nas minhas visitas aos
CDPs presenciei réus com mais de dois anos presos sem julgamentos.
E o irmão da Neusa
recebia visitas do seu cunhado algumas vezes por mês. O marido da irmã Neusa
por ser também evangélico preferia ele ir do que a esposa, pois as revistas nos
presídios são deprimentes e humilhantes.
Mas chegou um dia que
ele não poderia ir, então a irmã Neusa foi numa quarta-feira levar o “Jumbo” a
cesta básica de alimentos e artigos de higiene pessoal.
Na noite anterior foi
para o culto na igreja com o marido, e durante a sua ausência alguém trouxe um
pacote de cigarros para ser colocado na cesta básica para ser entregue ao preso
e o presente foi entregue a um dos filhos da Neusa que estava em casa. O
cigarro foi colocado na sacola. E o menino esqueceu de avisar a mãe dos
cigarros que haviam sido trazidos para o tio.
Na quarta-feira foi
para o CDP levar a cesta básica, “Jumbo” como chamam. Sem observar o pacote de
cigarros que carregava na sacola. Entrou normalmente no presídio, ficou na fila
para a revista dos produtos, aguardou a sua vez.
Depois de quase duas
horas de espera os artigos que levou foi colocado em cima de uma mesa e
revistados um por um, e o último item a ser revistado foi o pacote de cigarros.
O agente
penitenciário, abriu o pacote tirou os dois primeiros maços e o último do
pacote para inspecionar os cigarros, mas neste momento caiu um maço de cigarro
sem o lacre e foi justamente esse que o agente inspecionou. Não havia fumo, e
sim maconha para o espanto da irmã Neusa, primeiro pelo pacote de cigarro em
suas coisas e pela maconha que ele continha.
Gaguejou, não soube
explicar e foi imediatamente detida por tráfico e posse de droga. Seu irmão
retirado pavilhão e colocado na solitária, para ser transferido para outra
penitenciária, e agora sua pena seria aumentada depois de uma investigação mais
apurada.
Irmã Neusa aos
prantos, e negando a autoria do flagrante delito, foi encaminhada ao distrito
policial, feito o boletim de ocorrência foi encaminhada a um presídio feminino
até que tudo esclareça.
O filho é testemunha
do acontecido. Mas o indivíduo que lhe entregou o pacote de cigarros é
desconhecido. Uma armadilha satânica
abalou aquela família e a comunidade cristã a que pertence. Perante a lei o que
prevalece são a provas e a Irmã Neusa tem todas contra ela.
Francisco Gouveia
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