INCOERÊNCIA
Quase
que semanalmente eu vou a um presídio distribuir livretos sobre as drogas tanto
para parentes como para detentos e estou sempre ouvindo histórias de familiares
sobre os presos.
Neste
fim de semana conheci um rapaz (não uso os nomes por uma questão de ética) que é
viciado em maconha desde os doze anos de idade, mas segundo ele nunca cometeu
um delito que o desabonasse diante da lei, diz ser apenas um usuário de maconha
e que para ele a droga não lhe faz mal.
Eu
lhe perguntei o que fazia ali na porta de espera da detenção. Ele me disse: “Eu
venho visitar o meu pai”.
Um
filho visitar o pai na cadeia para mim foi uma surpresa, geralmente o pai não
vem visitar o filho, quem vem sempre é a mãe ou a mulher.
Ele
me disse que ninguém quer vir visitá-lo por vergonha. O pai dele já é idoso,
rouba carros, desmonta-os e vende e já foi preso diversas vezes, já cumpriu
vários anos de cadeia. Mas assim que sai, recomeça tudo de novo.
Entreguei-lhe
um livreto sobre os malefícios da maconha, dizendo que esperasse que ele lesse
e o ajudasse a abandonar o vício, porque lhe era prejudicial.
Eu
vou ler, disse ele mas, não penso em abandonar o único vício que tenho e ainda
mais que aprendi com o meu pai.
Francisco Gouveia
Peça informações e livretos, saiba mais sobre as drogas.
www.drugfreeworld.org
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