CAIM E
ABEL
MODERNO
Neste fim de semana em visita a um presídio
aqui em São Paulo, entregando folhetos e livretos sobre os malefícios dos
narcóticos, falando com pessoas e ouvindo histórias que causaram prisões de
jovens que se envolveram com drogas, tráfico, roubos e assaltos para manter o
vício, me deparei com uma senhora que me disse: “Antes o meu filho estivesse
aqui devido as drogas”.
Então me contou o dilema que enfrentava na vida.
A dois anos que religiosamente traz para o
filho uma cesta básica de alimentos e produtos de higiene. Desde o dia que seu
filho foi preso ela nunca mais o viu, e faz questão de não vê-lo mais.
O filho dela não sabe quem manda para ele a
cesta básica semanalmente. Mas quem manda é o amor de mãe.
Este filho preso é o seu filho caçula, ela
tem mais uma filha e outro filho já falecido, morto por facada enquanto dormia
pelo próprio irmão mais novo.
O irmão matou por motivo banal, discussão por
quem faria a limpeza da casa, ficou com raiva, e quando o seu irmão dormia,
desferiu vária facadas na região do tórax. Matou-o.
Rapaz se arrependeu pelo que fez mas o irmão
já estava morto.
A mãe perdeu um filho, o marido a abandonou,
a filha também partiu devido as circunstância e vergonha, mãe ficou só, parece
que foi castigada ou condenada pelo crime de um filho.
Dilema: Agora tem um só filho, mas não quer
vê-lo.
Francisco Gouveia
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